quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Lovely London


London, London, you're so lovely.

You were lovely when I was nine years old and started to dream about you. When I read magical stories that took place in your streets or when I watched movies that dazzled me and made me feel like a little princess of yours.

You were lovely when I wasn't a child anymore, but still felt astonished by your beauty. When I looked around me and felt like I was in the wrong place, and even though I didn't know you, I always thought your were there, waiting for me, anxious to make me happy.

You were lovely when you made me read more and more. When you made me learn your language without complaining. When you made me study and when you made me write. When you gave me a dream to hold onto and strength to fight for it.

You were even more lovely when I finally had the opportunity to leave home and hurry to hug you. When I was scared that I wouldn't be strong enough to leave everything I ever knew behind just to enter in your whole new world. Or when I was afraid you wouldn't be what I ever dreamed of and you proved me that you were everything and even more.

London, you are lovely every single time I walk in your streets, never getting used, never taking for granted. Every time I walk out of the Tube and stop for five seconds just to breathe your air and feel it fill my lungs. Every time I couldn't help but smile because of your sounds, your music, your lights, or even because your bloody windy rain.

You're still lovely when I have to say goodbye to you, even though I haven't realised what is 'good' in our 'goodbye'. You changed me for good, I was just a silly little girl when I met you. You made me see life more clearly, made me mature, made me a better person. You gave me such wonderful friends. And I'm very grateful for everything you did for me.

That's why I promise you I'll come back. I don't know how or when, but trust me: we'll see each other again. And when that happens we'll smile to each other as old friends and you'll still be lovely, as you always are.

I love you. Thank you for everything.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Monotonias e monomanias.

Foto: Fabíola Lourenço 

Aquele tapa na cara. De rever conceitos e mudar de ideia, mesmo que você não queira.

Uma vida inteira afirmando piamente suas ideias, suas certezas, sua realidade. Mas, de repente, um puxão de tapete, uma desequilibrada, uma turbulência que vem quando a gente menos espera. E tudo vira de cabeça pra baixo. O que era certeza, já não faz mais tanto sentido. O que era impossível é, inacreditavelmente, tudo aquilo que agora está ali na sua frente.

De verdade? Pra valer? Sei lá, você decide. Pode continuar se equilibrando naquela coisa estável, só que talvez meio desconfortável e escorregadio. Mas, olha, aviso logo que vai precisar de muita força e concentração, porque não é nada fácil. Porque agora tudo o que era irreal passou a ser de verdade, e o supérfluo e de origem duvidosa passou a ser necessário.

E tudo isso porque as marés mudaram e a estabilidade agora está do outro lado. Na verdade, vou-te ser sincero: nem é estabilidade de verdade, mas é um balanço gostoso e que acalenta. Fácil de se acostumar. E, uma vez que se pisa ali, é quase certo não querer mais ficar na monotonia de antes. Onde tudo o que era certo, rígido e plano agora é tedioso e sem graça. De repente você se vicia nos balanços, nas curvas, nos pequenos e delicados detalhes.

Há quem prefira a certeza da rigidez. Dos pontos finais. Do horizonte plano. Mas também existe certo tipo de aventureiro que não troca as reticências, pontos de exclamação, as curvas e os desníveis por nada. Vale tanto a pena a certeza da monotonia quando se pode ter picos de adrenalina, descobertas e histórias para contar? 

A escolha é toda sua. Só não fique se esticando na ponta dos pés para tentar ver o que tem do outro lado. Pode muito bem dar medo da instabilidade e das curvas. Arrisque um pouco fora da zona de conforto e vai lá, sentir na pele. Se não gostar, tudo bem, volta! Mas, caso contrário, fica por lá e colhe as emoções das aventuras (ou mesmo desventuras). Talvez valha a pena.